Os
aposentados se veem bombardeados com ofertas de crédito. O financiamento
oferecido é atrativo. O consignado conta com os menores juros do mercado, com o
teto fixado pelo governo. Na hora do aperto é uma saída.
Porém,
empréstimo só é viável quando se encaixa na capacidade de pagamento do devedor.
Por isso, não pode comprometer além de 30% da renda. O aposentado se vê
acossado pelos famosos "pastinhas", que o abordam nas ruas, ou por
telefone, determinados a empurrar empréstimo. A abordagem de muitos deles é
agressiva.
Esses
agentes de crédito são vinculados a empresas terceirizadas, contratadas pelos
bancos, para tratar desses empréstimos. Só que a abordagem e a concessão de
crédito, quando não resulta em fraude, se dá, muitas vezes, sem avaliação
criteriosa da margem de endividamento do cliente.
O
resultado é a famosa dívida da qual não se consegue sair. Esses agentes incitam
à contratação de novos empréstimos sempre que está vencendo algum, ou até mesmo
a renová-los, alongando a dívida e onerando cada vez mais o orçamento.
A
regulamentação da atividade dos "pastinhas" pode ser uma forma de
diminuir tais práticas . Enquanto ela não vigora, o cidadão deve ficar atento.
Os bancos são responsáveis pelos atos dos "pastinhas" , afinal, eles
vendem os seus produtos.
Quem
contratou o empréstimo fora da agência e se arrependeu, pode cancelar. O Código
de Defesa do Consumidor dá esse direito 7 dias após a entrega do serviço ou
produto, desde que tenha sido contratado fora do estabelecimento comercial.
Grave
é a contratação indevida, ou seja, sem o aval do consumidor. Ele não assina
nenhum contrato, e descobre que há dinheiro extra na sua conta. Ou então,
assina às vezes até sem perceber, situação em que pode alegar vício de
informação ao contrair a dívida.
A
saída é se valer do direito de arrependimento. Mesmo que perceba o empréstimo
após o prazo de sete dias pode alegar judicialmente a inexistência do contrato,
em função da nulidade do negócio jurídico. Quem for lesado deve reclamar
formalmente no banco, Banco Central, e Procon.
Para
não ser vítima de maus profissionais é melhor contratar empréstimo dentro do
banco. E sempre ler o contrato antes de assinar, conferindo se consta o valor
total, o prazo e o CET (Custo Efetivo Total).
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