Documento que comprova procedência de combustíveis não
é apresentado por 75 dos 133 locais pesquisados
O Metro BH noticias@band.com.br
Seis em cada dez postos de combustíveis da capital
pesquisados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) não apresentam nota fiscal
que comprove a procedência do combustível e o preço pago à distribuidora.
Segundo levantamento realizado pela reportagem, com
base nas últimas pesquisas de preço feitas pelo órgão, 75 dos 133 postos
procurados não mostraram nota fiscal da gasolina, 57 % do total. Já em relação
ao etanol, dos 131 estabelecimentos que participaram do levantamento, 86 não
comprovaram a origem do biocombustível, 65 % dos postos.
“Uma das fraudes mais comuns é o posto revendedor
adquirir o etanol direto da usina. Quando isso ocorre, normalmente é sem nota,
porque a usina não pode vender direto para o posto, ela precisa vender para a
distribuidora”, revela o Promotor de Justiça de Defesa do Consumidor do Procon
Estadual, Amauri Artimos.
“Os postos têm a obrigação de comprovar a origem do
combustível para o consumidor”, afirma o secretário da Comissão de Direito do
Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil, Fernando Fornali.
Segundo o advogado, a norma vale tanto para os postos
de bandeira única, que cumprem exclusividade com um determinada distribuidora,
quanto os de bandeira branca.
A ANP confirma que os postos não são obrigados a
apresentar a nota fiscal para os pesquisadores, mas que na desconfiança de
irregularidades, são enviados fiscais que têm autoridade de cobrar o documento.
De acordo com o Minaspetro, para fiscalizações
tributárias, os estabelecimentos têm até três dias para apresentar a nota
fiscal. O sindicato informou ainda que os postos preferem não mostrar o
documento para que a margem de lucro não seja revelada para a
concorrência.
http://www.band.com.br/noticias/economia/noticia/?id=100000508524
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