Diesel mais caro causa preocupação
Adriel Arvolea
O preço de venda do diesel nas refinarias foi
reajustado em 6% desde o dia 16 de julho. Estima-se que o reajuste venha a
representar um aumento aproximado de 4% sobre o preço final do combustível ao
consumidor, que inclui, ainda, custo do biodiesel e margens de distribuição e
revenda. Esse reajuste foi definido levando-se em consideração a política de
preços da Petrobras, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores
praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazos.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo
(ANP), de 8 a
14 de julho, o preço médio do diesel nos postos de Rio Claro era R$ 1,982,
sendo o mínimo comercializado a R$ 1,949 e o máximo, R$ 2,059. Na avaliação de
Valmir Pereira da Silva, que atua no serviço de transporte de passageiros, a
alta deve seguir a realidade da economia e, principalmente, a do trabalhador.
“Fazia tempo que o diesel não subia. Se fosse 1% ou 2%, tudo bem. Mas, em favor
do cidadão, que reajuste atinge esse percentual? Com isso, a situação afeta a
nós e, também, os clientes, pois temos que repassar todos os custos ao
contratante”, comenta.
No transporte de universitários a Piracicaba, Valmir
estima gastar 150 litros
de diesel por semana. Além disso, na praça de pedágio na Rodovia Fausto
Santomauro (SP-127) - km 012+625
metros - a tarifa passou de R$ 4,60 para R$ 4,80, em 1º
de julho. Conforme estipulado em contrato, os passageiros não serão afetados,
mas o orçamento da locação para serviços extras será reajustado.
Da mesma forma, os consumidores temem reflexos nos
carrinhos de compra. É que grande parte dos alimentos que consumimos é
transportado pelas rodovias. “O salário não aumenta, mas água, luz,
combustível, pedágios, etc, só pesam no bolso do consumidor. Vamos esperar para
ver o que acontece”, argumenta a dona de casa Soraia Costa Marques. Segundo o
Sincopetro (Sindicato dos Postos do Estado de São Paulo), estima-se que o
aumento do diesel para o consumidor irá ultrapassar a margem dos 6%.
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