Por unanimidade, o Conselho Superior do Ministério
Público de São Paulo decidiu, nesta terça-feira, que o Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC), que limitava o direito do consumidor em receber gratuitamente as
sacolas plásticas, não é válido. Com isso, os estabelecimentos devem voltar a
distribuir as sacolinhas de graça em cumprimento ao Código de Defesa do
Consumidor.
A petição contra a homologação do TAC foi uma ação
movida, em abril, pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, pelo
Instituto de Defesa do Consumidor (Idecon) e pelo SOS Consumidor.
Denúncia
Os estabelecimentos comerciais que deixarem de
distribuir as sacolas gratuitamente correm o risco de serem acionados pelos
órgãos de defesa do consumidor, mediante denúncia. “As pessoas que se sentirem
lesadas devem procurar os órgãos de defesa do consumidor e o próprio Ministério
Público”, afirma Miguel Bahiense, presidente da Plastivida.
Procurada pela reportagem, a Associação Paulista de
Supermercados (Apas) ainda não comentou a decisão do Ministério Público.
Polêmica
Desde abril, os supermercados paulistas não distribuem
sacolas plásticas para os consumidores, medida que vigorou por cerca de oito
dias no fim de janeiro.
A desobrigação integra o Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público, Procon-SP e Associação
Paulista dos Supermercados (APAS), em fevereiro. O TAC
previa prazo de 60 dias para que os consumidores se adaptassem à retirada das
sacolas.
O objetivo é criar uma maior consciência ambiental nos
brasileiros e estimular o uso de sacolas reutilizáveis nesses estabelecimentos.
Desde o início, a medida provoca polêmica. Apesar de muitos consumidores serem
a favor, outros acham que os supermercados devem fornecer as sacolas plásticas
biodegradáveis, pois ganham para isso.
Interatividade
"A verdade é que, se deixar-mos de ganhar as
sacolinhas que já estão embutidas nos preços das mercadorias, termos que
comprar embalagens para os mesmos fins, gerando mais lucros para os
mercadistas", diz o internauta Robert.
"Realmente é um absurdo, já pagamos pelas sacolas
e, quando não levamos as reutilizáveis, somos cobrados por elas ou então nos
obrigam a levar as compras em caixas que sabe onde foram armazenadas. É lógico
que todos reutilizamos as sacolas, basta o bom senso do descarte", comenta
Cristina.
"Eu concordo com as retiradas das sacolas. E,
claro, se pensarmos no bem para o planeta, mas vamos parar para pensar de que
adianta tirar as sacolas dos supermercados, se nas lojinhas, feiras, mercearias
em qualquer outro estabelecimento as sacolas circulam do mesmo jeito com o
mesmo volume? Ou fazem a lei para todos ou para ninguém", pondera Sydnei.
"Então, o plástico prejudica o meio ambiente?
Estranho porque uns dias atrás, em um grande mercado de Santos, os funcionários
descartavam o plástico, que envolve as latas e garrafas de refrigerantes no
lixo comum, ali na calçada mesmo. E, como o caminhão de lixo ainda não tinha
passado, ficou ali bloqueando a passagem dos pedestres, ironicamente, fregueses
deste mercado", cita Claudia. Opine você também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário